quarta-feira, agosto 16, 2006

cabana portátil....


Não se pode dizer que é perfeito, até porque o problema da electricidade e da água canalizada persiste, mas o trabalhinho do alemão Werner Aisslinger não está nada mal. Estes Loftclubes são uma espécie de roulottes sem rodas (cujo custo ronda os 55 mil euros) que podem ser colocados, e é só um exemplo, no topo de um prédio, usufruindo assim de uma vista fantástica sobre a cidade (e mais importante, pode fazer-se uma puxada de luz sem o condomínio saber).
Esta visão do designer de Berlim é feita de aço, madeira e vidro e tem cerca de 32 metros quadrados e, diz Werner, pode muito bem ser a solução para algumas cidades onde o preço das casas está impossível. Á parte do pequeno problema de não haver água e luz, mas o designer alemão promete resolver.

Queres um?? Não seja por isso, vê em
www.loftclube.net
eu quero.....

segunda-feira, agosto 07, 2006

RUY JERVIS D’ATHOUGUIA

bairro das estacas
RUY JERVIS D’ATHOUGUIA, (Macau, 1917 – Lisboa 2006)
Morreu o Arquitecto Ruy Jervis d’Athouguia, nascido em 1917 em Macau e diplomado pela Escola de Belas-Artes do Porto em 1948. Ruy Athouguia iniciou a sua actividade profissional um ano depois, tendo antes colaborado com os arquitectos Filipe Figueiredo e Veloso Reis Camelo. Foi autor de obras fundamentais para a história da arquitectura portuguesa do século XX, como o Liceu Padre António Vieira. Mas é em trabalhos que assina com outros arquitectos, caso de Sebastião Formosinho Sanchez, com quem projectou o Bairro de São Miguel e ganhou o Prémio da Bienal de São Paulo de 1954, que mais se destaca. Nesse contexto a sua obra mais importante é a Sede e Museu da Fundação da Calouste Gulbenkian, com a qual recebeu o Prémio Valmor em 1975, e que realizou com os arquitectos Alberto Pessoa e Pedro Cid. Em Lisboa no final de 2003, integrada no Ano Nacional da Arquitectura, a Ordem dos Arquitectos apresentou uma exposição retrospectiva da sua obra. Foi distnguido com o Prémio de Arquitectura da Secção Portuguesa da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) em 2005. O velório decorre na casa mortuária de Sta Joana Princesa, em Alvalade, seguindo o enterro amanhã, da parte da tarde, para o cemitério de Cascais.
Obras de referência:Bairro das Estacas (Lisboa); Cine-Teatro São Pedro (Abrantes); Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa); Bairro 70 (Santiago do Cacém); Moradia na Rua Joaquim Ereira (Cascais); Escola Secundária Padre Vieira (Lisboa); Escola primária Teixeira de Pascoaes (Lisboa); Escola primária do Bairro de São Miguel (Lisboa); Casa Ruy d’Athouguia (Cascais).

terça-feira, agosto 01, 2006

79 bons exemplos de como 'Habitar Portugal'

"O Abocanhado", situado na aldeia de Brufe, em Terras de Bouro

Casas, teatros, estações, igrejas, três cemitérios, dois estádios, intervenções em património histórico ou requalificação de áreas ribeirinhas - são 79 os exemplos de boa construção nos últimos três anos. A 2 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura, o CCB vai apresentá-los em Lisboa, na segunda exposição Habitar Portugal. Antes disso, a 10 de Setembro, uma selecção de 18 obras será levada à Bienal Internacional de Arquitectura de Veneza.

Quem assina projectos - a Ordem dos arquitectos (OA) já tem quase 15 mil inscritos -, onde se trabalha mais e qual a relação com os clientes privados ou autarquias são algumas das leituras possíveis, a partir destes 79 casos.

Embora considerem que ainda é cedo para tirar conclusões, os arquitectos João Afonso e Ana Vaz Milheiro, membros da direcção da OA, adiantam ao DN o esboço de um possível "retrato nacional" do que se construiu de 2003 a 2005: "Se há cinco ou seis anos tínhamos muitos estabelecimentos universitários, agora temos os resultados do [programa] Polis, as obras relacionadas com as eleições regionais, as bibliotecas, teatros ou centros culturais."

Onde se fez o quê

A julgar pelos 230 projectos que se candidataram às 80 "vagas" desta edição - e não pela exposição, que privilegia concursos e se pretende diversificada a nível de programas e autores -, a encomenda dominante continua a ser a casa unifamiliar. "A habitação social tem vindo a desaparecer com o fim do PER [Programa Especial de Realojamento], e um dos últimos é o conjunto da Rua da Seara, em Matosinhos, de João Álvaro Rocha", afirma João Afonso.

Aliás, acrescenta o arquitecto, "praticamente não havia [entre as propostas] edifícios de habitação colectiva, e os que apareceram são quase todos de alto standard. Como os Terraços de Bragança, em Lisboa, de Siza, ou a Quinta das Sedas, em Matosinhos, de Alcino Soutinho".

As diferenças regionais são igualmente notórias. Segundo Ana Vaz Milheiro, "na região do Porto há um grande volume de construção, e muita de qualidade, o que terá a ver com a tradição da arquitectura ali e a grande densidade populacional". No interior, "há obras qualificadas, como a escola integrada de Paredes de Coura [NO Arquitectos] ou o Teatro da Guarda [Carlos Veloso]".

No Sul predominam habitações unifamiliares. E nas ilhas destacam-se "centros cívicos e culturais, habitação colectiva ou obras menos comuns, como os aprestos em Rabo de Peixe, de Jorge Kol de Carvalho".

O desafio, agora, será a apresentação destes trabalhos. "São obras que fazem parte do nosso quotidiano, mas é preciso aproximar a arquitectura do cidadão", diz João Afonso. Ou seja, a exposição será simples. E desmontável, dado que o objectivo é a itinerância pelo País.

As escolhas dos comissários

Promovida pela Ordem dos Arquitectos (OA) e pela empresa Mapei, a Habitar Portugal teve coordenação geral do arquitecto José António Bandeirinha. As escolhas, fruto de levantamento nacional, estiveram a cargo de seis comissários regionais. Tantos quantas as regiões contempladas: áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (com 15 obras cada), Norte, Centro, Sul e Ilhas (dez, no máximo). A que se juntam sete projectos realizados no estrangeiro.

"A Casa da Música não está, porque Rem Koolhaas não está inscrito na ordem", explica a sorrir Ana Vaz Milheiro, antecipando já perguntas sobre esta ausência. Podem participar arquitectos de todas as nacionalidades, desde que estejam inscritos.

"Inevitavelmente", estão aqui várias obras de Álvaro Siza (marginal de Vila do Conde e Terraços de Bragança) e de Eduardo Souto de Moura (metro do Porto, estádio de Braga e remodelação do Museu Grão Vasco). E os dois arquitectos assinam em conjunto a londrina Serpentine Gallery de 2003, uma das obras da secção dedicada ao estrangeiro.

Mas também se recordam, na área do Porto, o funicular dos Guindais (Adalberto Dias), o estádio do Dragão (Manuel Salgado) e a central da Lipor (Carlos Prata). O Conservatório de Vila Real (António Belém Lima) e o restaurante de Brufe (António Portugal/Manuel Maria Reis). A Biblioteca de Ílhavo (ARX) e o Centro de Artes Visuais de Coimbra (João Mendes Ribeiro). A reconversão do estúdio de José Relvas, na Golegã (Victor Mestre/Sofia Aleixo), e o cemitério da aldeia da Estrela, no Alqueva (Pedro Pacheco). Ou o Polis do Cacém (Manuel Salgado) e a Praça Van Nan, em Macau (Manuel Vicente/Rui Leão/Carlotta Bruni).

de paula lobo

http://dn.sapo.pt/2006/07/31/artes/setenta_e_nove_bons_exemplos_como_ha.html